A colecistectomia é a cirurgia de remoção da vesícula biliar, frequentemente realizada para tratar condições como cálculos biliares e colecistite. Este procedimento, geralmente seguro e eficaz, proporciona alívio dos sintomas e prevenção de complicações. Entenda mais sobre esse assunto lendo o texto abaixo.
Introdução
A colecistectomia é um procedimento cirúrgico realizado para remover a vesícula biliar, órgão responsável pelo armazenamento da bile produzida pelo fígado.
É frequentemente indicada para tratar casos de pedras na vesícula, inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou outras condições que causam dor ou complicações.
Em muitos casos, a remoção da vesícula biliar não afeta significativamente a digestão ou a função hepática.
Neste artigo, vamos explorar a colecistectomia, incluindo suas indicações, como é realizada e como é o período pós-operatório. Leia até o final e saiba mais!
Quando a colecistectomia é indicada?
A colecistectomia é indicada em uma variedade de condições relacionadas à vesícula biliar que causam sintomas significativos ou complicações. As duas razões mais comuns para a realização deste procedimento são a presença de pedras na vesícula biliar (cálculos biliares) e pólipos.
Quando os cálculos biliares causam dor abdominal intensa, inflamação da vesícula biliar (colecistite aguda) ou bloqueio dos ductos biliares, a colecistectomia pode ser recomendada para aliviar os sintomas e prevenir complicações graves.
Pólipos podem causar sintomas parecidos com gastrite além de, à longo prazo, aumentam a chance de degeneração para doença maligna da vesícula biliar (câncer)
Além disso, a colecistectomia também pode ser indicada para tratar condições menos comuns, como a presença de pólipos na vesícula biliar ou a disfunção da vesícula biliar, que pode causar sintomas semelhantes aos dos cálculos biliares.
Na maioria dos casos a decisão de cirurgia eletiva é baseada em sintomas e achados de ultrassonografia bem como exame físico e eventos vividos pelo paciente e suas comorbidades
Em situações de emergência, como colecistite aguda complicada por infecção ou obstrução dos ductos biliares, a colecistectomia pode ser indicada imediatamente para prevenir complicações graves.
É importante ressaltar que a colecistectomia é uma cirurgia comum e segura, com altas taxas de sucesso. No entanto, a decisão de realizar o procedimento deve ser cuidadosamente ponderada pelo médico e pelo paciente, considerando os riscos e benefícios individuais de cada caso.
Como a colecistectomia é realizada?
A colecistectomia é realizada geralmente por meio de uma cirurgia minimamente invasiva, chamada de colecistectomia laparoscópica. Nesse procedimento, o cirurgião faz várias pequenas incisões na região abdominal, através das quais são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera de vídeo.
Durante a cirurgia, o cirurgião identifica a vesícula biliar e separa-a dos tecidos circundantes, como o fígado e os ductos biliares. Em seguida, a vesícula biliar é cuidadosamente removida através de uma das incisões, geralmente utilizando uma técnica chamada de "saco de extração" ou Endobag, que permite retirar a vesícula biliar intacta.
Após a remoção da vesícula biliar, as incisões são fechadas com suturas ou adesivos cirúrgicos e um curativo é aplicado. A colecistectomia laparoscópica é geralmente associada a uma recuperação mais rápida, menos dor pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar em comparação com a colecistectomia aberta.
Em alguns casos, quando a colecistectomia laparoscópica não é possível devido a complicações ou condições anatômicas específicas, pode ser necessária a realização de uma colecistectomia aberta.
Nesse procedimento, uma incisão maior é feita na região abdominal para permitir o acesso à vesícula biliar e sua remoção. Embora seja mais invasiva, a colecistectomia aberta ainda é uma opção eficaz para muitos pacientes.
Independentemente da técnica utilizada, a colecistectomia é considerada uma cirurgia segura e eficaz para o tratamento de doenças da vesícula biliar, proporcionando alívio dos sintomas e prevenindo complicações graves.
Como é o pós-operatório de colecistectomia?
O pós-operatório de uma colecistectomia, seja laparoscópica ou aberta, requer cuidados específicos para garantir uma recuperação suave e rápida.
Após a cirurgia, o paciente é monitorado na sala de recuperação para garantir a estabilidade dos sinais vitais e a recuperação da anestesia. Em seguida, é transferido para um quarto hospitalar para continuar a recuperação.
Durante os primeiros dias após a cirurgia, é comum sentir dor e desconforto na área abdominal, especialmente nas incisões. Os médicos geralmente prescrevem analgésicos para ajudar a controlar a dor e a reduzir o desconforto.
A alimentação é respeitada de acordo com aceitação de cada paciente, no geral nessa cirurgia evitamos alimentos gordurosos até 30 dias de pós operatório para que o fígado assuma a função de armazenamento que vesícula tinha. É importante seguir as orientações médicas sobre a dieta para evitar complicações digestivas, como náuseas, vômitos ou diarreia.
A mobilização precoce é incentivada para prevenir complicações como trombose venosa profunda e pneumonia. O paciente é encorajado a realizar exercícios leves, como caminhar, conforme tolerado, para promover a circulação sanguínea e acelerar a recuperação.
Durante o período pós-operatório, o paciente é monitorado quanto à cicatrização das incisões, sinais de infecção ou sangramento excessivo. Qualquer sinal de complicação deve ser relatado imediatamente à equipe médica.
Após a alta hospitalar, o paciente continua a recuperação em casa, seguindo as orientações médicas quanto à dieta, cuidados com as incisões e retomada gradual das atividades normais.