Pedra na vesícula

Tempo de leitura 4 min.
Atualizado em: 27/03/2024

SUMÁRIO

Pedra na vesícula, ou colelitíase, refere-se à formação de cálculos na vesícula biliar. Essas pedras podem variar em tamanho e número, podendo causar dor abdominal intensa, náuseas e outros sintomas. Para obter mais informações sobre os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento da pedra na vesícula, leia o texto abaixo.

Introdução

A pedra na vesícula, ou colelitíase, é uma condição caracterizada pela formação de cálculos na vesícula biliar, um pequeno órgão localizado abaixo do fígado. 

A vesícula biliar armazena e concentra a bile, um líquido produzido pelo fígado que auxilia na digestão de gorduras. Quando a bile se torna excessivamente concentrada, podem se formar pedras de colesterol ou pigmentares. 

Essas pedras podem variar em tamanho e quantidade, podendo obstruir os ductos biliares e causar sintomas.

Compreender a pedra na vesícula é essencial, pois pode levar a complicações graves, como inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou pancreatite.

Neste artigo, vamos explorar a pedra na vesícula, incluindo suas causas e sintomas, como é realizado o diagnóstico e quais as opções de tratamento. Leia até o final e saiba mais! 

Quais as causas e sintomas da pedra na vesícula?

As pedras na vesícula, ou colelitíase, são formações sólidas que se desenvolvem na vesícula biliar. Essas pedras podem variar em tamanho e quantidade, podendo ser pequenas como grãos de areia ou tão grandes quanto uma bola de golfe. 

As causas da formação de pedras na vesícula são multifatoriais e incluem uma combinação de fatores genéticos, dieta e estilo de vida.

Uma das principais causas é uma dieta rica em gorduras saturadas e pobre em fibras, que pode levar à concentração excessiva de colesterol na bile, contribuindo para a formação de pedras. 

A obesidade também está associada ao aumento do risco de desenvolvimento de pedras na vesícula, assim como a perda rápida de peso, que pode causar alterações na composição da bile. 

Histórico familiar de pedras na vesícula, idade avançada, diabetes, uso de contraceptivos hormonais e cirrose hepática são outros fatores de risco.

Os sintomas das pedras na vesícula podem variar de leves a graves e podem incluir dor abdominal intensa, especialmente após consumir alimentos gordurosos. Essa dor geralmente é sentida na região superior direita do abdômen e pode irradiar para a parte superior das costas ou ombros.

Além disso, náuseas e vômitos são sintomas comuns, especialmente quando a pedra obstrui o ducto biliar. Indigestão, inchaço abdominal e desconforto após as refeições também podem ocorrer. 

Em casos de complicações, como infecção da vesícula biliar ou pancreatite aguda, febre, calafrios e icterícia podem estar presentes.

Como é realizado o diagnóstico de pedra na vesícula?

O diagnóstico de pedra na vesícula geralmente envolve uma combinação de história clínica, exame físico e exames de imagem. 

O médico começará com uma revisão detalhada dos sintomas do paciente e seu histórico médico, incluindo fatores de risco para pedras na vesícula, como dieta, histórico familiar e condições médicas preexistentes.

O exame físico pode incluir palpação do abdômen em busca de sensibilidade ou inchaço, além de procurar sinais de icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).

Os exames de imagem são frequentemente usados para confirmar o diagnóstico. A ultrassonografia abdominal é o método mais comum e eficaz para detectar pedras na vesícula. 

Em alguns casos, podem ser realizados exames adicionais, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), para avaliar melhor a condição da vesícula biliar e detectar possíveis complicações.

Como é realizado o tratamento da pedra na vesícula?

O tratamento da pedra na vesícula pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e das características específicas do paciente. 

Em casos assintomáticos ou leves, o tratamento pode consistir em monitoramento regular e mudanças na dieta para evitar alimentos gordurosos que possam desencadear sintomas.

Quando os sintomas são mais graves ou há complicações, como obstrução do ducto biliar ou inflamação da vesícula biliar (colecistite), pode ser necessária intervenção médica. 

Uma opção comum é a cirurgia para remover a vesícula biliar, chamada colecistectomia. Esta cirurgia pode ser realizada por laparoscopia, um procedimento minimamente invasivo que envolve pequenas incisões no abdômen, ou por cirurgia aberta em casos mais complexos.

O tratamento não cirúrgico é reservado para casos onde o paciente possui condição de saúde impeditiva para ser submetido à procedimento cirúrgico, para estes reservamos terapias observacionais e eventualmente medicamentosas.

O tratamento específico será determinado pelo médico com base na avaliação do paciente e nas características da condição. É importante buscar orientação médica adequada para garantir o tratamento mais eficaz e seguro para a pedra na vesícula.

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Dr. Lucas Mega de Andrade
Cirurgão do Aparelho Digestivo
CRM: 151270-SP
RQE Nº: 64951 - Cirurgia do Aparelho Digestivo - RQE Nº: 42595 - Cirurgia Geral

Graduado em Medicina, Residência médica em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo. Cursos de aprimoramento no IRCAD: treinamentos teórico-práticos em Videolaparoscopia e Bariátrica.

 

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